3 de Maio - Citação do Dia
Quando nós vamos ambos, de mãos dadas,
Colher nos vales lírios e boninas,
E galgamos d'um fôlego as colinas
Dos rocios da noite inda orvalhadas;
Ou, vendo o mar, das ermas cumeadas,
Contemplamos as nuvens vespertinas,
Que parecem fantásticas ruínas
Ao longe, no horizonte amontoadas:
Quantas vezes, de súbito, emudeces!
Não sei que luz no teu olhar flutua;
Sinto tremer-te a mão, e empalideces...
O vento e o mar murmuram orações,
E a poesia das coisas se insinua
Lenta e amorosa em nossos corações.
Antero de Quental
Colher nos vales lírios e boninas,
E galgamos d'um fôlego as colinas
Dos rocios da noite inda orvalhadas;
Ou, vendo o mar, das ermas cumeadas,
Contemplamos as nuvens vespertinas,
Que parecem fantásticas ruínas
Ao longe, no horizonte amontoadas:
Quantas vezes, de súbito, emudeces!
Não sei que luz no teu olhar flutua;
Sinto tremer-te a mão, e empalideces...
O vento e o mar murmuram orações,
E a poesia das coisas se insinua
Lenta e amorosa em nossos corações.
Antero de Quental
Etiquetas: ilhas na corrente
6 Comments:
Hoje palpitarei assim. Espero que gostes.
Esse negro corcel, cujas passadas
Escuto em sonhos, quando a sombra desce,
E, passando a galope, me aparece
Da noite nas fantásticas estradas,
Donde vem ele? Que regiões sagradas
E terríveis cruzou, que assim parece
Tenebroso e sublime, e lhe estremece
Não sei que horror nas crinas agitadas?
Um cavaleiro de expressão potente,
Formidável, mas plácido, no porte,
Vestido de armadura reluzente,
Cavalga a fera estranha sem temor:
E o corcel negro diz: "Eu sou a Morte!"
Responde o cavaleiro: "Eu sou o Amor!"
:-)
assim já não me sinto tão só... e assim...
Ouve tu, meu cansado coração,
O que te diz a voz da natureza:
- «Mais te valera, nu e sem defesa,
Ter nascido em aspérrima solidão,
Ter gemido, ainda infante, sobre o chão
Frio e cruel da mais cruel deveza,
Do que embalar-te a Fada da Beleza,
Como embalou, no berço da Ilusão!
Mais valera à tua alma visionária,
Silenciosa e triste ter passado
Por entre o mundo hostil e a turba vária,
(Sem ver uma só flor das mil, que amaste,)
Com ódio e raiva e dor - que ter sonhado
Os sonhos ideais que tu sonhaste!»
Mais um que vai para a Índia para fugir do seu destino. Estou bem arranjada com estes fregueses...
Lamento mas os meus dotes poéticos são para lá de maus, só se forem quadras para os manjaricos do Sto. António. Portantos, eu cá para mim isto é coisa do Luis Vaz de Camões
Estão a ver? Já baralharam a miúda!
Assim sendo deve ser outro maluco...
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