9 de Abril - Citação do Dia
As algas negro-cerrado
que eu trouxe da beira-mar,
guardo-as num missal doirado,
onde costumo cismar.
Às vezes, triste e cansado
quando o vou a folhear,
dentro do livro encantado
eu oiço as algas chorar...
Chorar os tempos de quando
viviam no mar em bando
com os peixes e as areias.
E eu cismo, ao ver esses trapos,
que as algas são os farrapos
dos vestidos das sereias.
António Nobre
Espertalhotes: eduardo, bruxinha
que eu trouxe da beira-mar,
guardo-as num missal doirado,
onde costumo cismar.
Às vezes, triste e cansado
quando o vou a folhear,
dentro do livro encantado
eu oiço as algas chorar...
Chorar os tempos de quando
viviam no mar em bando
com os peixes e as areias.
E eu cismo, ao ver esses trapos,
que as algas são os farrapos
dos vestidos das sereias.
António Nobre
Espertalhotes: eduardo, bruxinha
Etiquetas: poemas
4 Comments:
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
estudei uns anitos no liceu com o mesmo nome.
apesar de não ser muito apreciador este é o soneto de que gosto mais.
António Nobre.
obrigado, Ana.
António Nobre, sem dúvida!
Bem-vindo de novo ao mundo das palpitações, shor eduardo! Namaste!
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