28 de Janeiro - Citação do Dia
Sábado
Perto do fim da noite cresce o fogo
em gestos de oiro e prata, e ainda ecoa
a mais feliz de todas as canções.
Sob trevas se movem sempre
os corpos desejados, os que vestem
de negro a morte e os seus anjos.
Tão belo e miserável esse reino,
o choro de alguns risos entre o álcool
e os lábios prometidos que não vêm
até junto dos meus. Será talvez
um destino que falha sem sabermos,
mas é melhor assim - estou desarmado,
sem forças já para prender um rosto,
o seu breve esplendor, cruel disfarce
para alimento de fáceis paixões.
De que serve o amor? Para quê
abandonar a vida em falsas mãos?
Perto do fim da noite cresce o fogo
E são às vezes meus os seus sinais.
Fernando Pinto do Amaral
Perto do fim da noite cresce o fogo
em gestos de oiro e prata, e ainda ecoa
a mais feliz de todas as canções.
Sob trevas se movem sempre
os corpos desejados, os que vestem
de negro a morte e os seus anjos.
Tão belo e miserável esse reino,
o choro de alguns risos entre o álcool
e os lábios prometidos que não vêm
até junto dos meus. Será talvez
um destino que falha sem sabermos,
mas é melhor assim - estou desarmado,
sem forças já para prender um rosto,
o seu breve esplendor, cruel disfarce
para alimento de fáceis paixões.
De que serve o amor? Para quê
abandonar a vida em falsas mãos?
Perto do fim da noite cresce o fogo
E são às vezes meus os seus sinais.
Fernando Pinto do Amaral
Etiquetas: poemas
1 Comments:
Adoro-o... Não vi foi a tempo.
Bom domingo **
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