8 de Dezembro - Citação do Dia
Hoje, para morrer, era preciso
que a música viesse. E nos beijasse
as pálpebras por dentro. E um sorriso
desceria da água à nossa face.
Tudo seria finalmente liso
como um rio que nunca mais passasse.
Tudo seria tudo. Sem mesmo ser preciso
um relógio qualquer que nos guardasse
o grande amor que então percorreria
o corpo. Chamar-lhe-iam gravidade,
ou peso, ou nada, ou, simplesmente, fria
inércia, fim. Mas quem respira sabe-
-lhe a fundo o nome. De raiz diria:
amor irresistível. Terra. Ou nave.
Fernando Echevarria
que a música viesse. E nos beijasse
as pálpebras por dentro. E um sorriso
desceria da água à nossa face.
Tudo seria finalmente liso
como um rio que nunca mais passasse.
Tudo seria tudo. Sem mesmo ser preciso
um relógio qualquer que nos guardasse
o grande amor que então percorreria
o corpo. Chamar-lhe-iam gravidade,
ou peso, ou nada, ou, simplesmente, fria
inércia, fim. Mas quem respira sabe-
-lhe a fundo o nome. De raiz diria:
amor irresistível. Terra. Ou nave.
Fernando Echevarria
Etiquetas: poemas
2 Comments:
curiosamente hoje (ontem) não "postaste" nada da Florbela.
acabei por ler o Echevarria a pensar nela. :)
estive em matosinhos na biblioteca com o nome dela na Festa da Poesia que lembra precisamente o seu dia de nascimento e morte.
não sei se ela gostaria de lá ter estado, como ouvi alguém dizer, mas certo é que ela ainda faz mexer muita coisa.
nota: o link da festa da poesia deve estar activo apenas durante uns dias.
obrigado (Parte II)
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