4 de Novembro - Citação do Dia
Eu q'ria ser o mar d'altivo porte
Que ri e canta, a vastidão imensa!
Eu q'ria ser a pedra que não pensa,
A pedra do caminho, rude e forte!
Eu q'ria ser o sol, a luz intensa,
O bem que é humilde e não tem sorte!
Eu q'ria ser a árvore tosca e densa
Que ri do mundo vão até à morte!
Mas o mar também chora de tristeza...
As Árvores também, como quem reza,
Abrem, aos Céus, os braços como um crente!
E o Sol altivo e forte, ao fim de um dia,
Tem lágrimas de sangue na agonia!
E as Pedras... essas... pisa-as toda a gente!...
Florbela Espanca
Que ri e canta, a vastidão imensa!
Eu q'ria ser a pedra que não pensa,
A pedra do caminho, rude e forte!
Eu q'ria ser o sol, a luz intensa,
O bem que é humilde e não tem sorte!
Eu q'ria ser a árvore tosca e densa
Que ri do mundo vão até à morte!
Mas o mar também chora de tristeza...
As Árvores também, como quem reza,
Abrem, aos Céus, os braços como um crente!
E o Sol altivo e forte, ao fim de um dia,
Tem lágrimas de sangue na agonia!
E as Pedras... essas... pisa-as toda a gente!...
Florbela Espanca
Etiquetas: espancamentos
4 Comments:
Gosto muito de Florbela Espanca, só uma coisa me desagrada nos seus poemas: o facto de, quase todos, terminarem com um "!"...
Este fazia parte do "eu não sou assim, escreveram-me assim..." e era dividido pelo joão e pela cristina.
Virei cá até que abras outro blog com as tuas palavras
E depois? Deixas de vir? Olha que encontrei aí umas papeladas nossas antigas e estou com vontade de partilhá-las com a blogosfera...
Gosto tanto deste poema, obrigada.
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