quinta-feira, março 09, 2006

9 de Março - Citação do Dia

Busque Amor novas artes, novo engenho,
Para matar-me, e novas esquivanças;
Que não pode tirar-me as esperanças,
Que mal me tirará o que não tenho.

Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
Andando em bravo mar, perdido lenho.

Mas conquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê;

Que dias há que na alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como, e dói não sei porquê.

Luís de Camões

Espertalhotas: papalagui, joana, filipa&miguel, bruxinha, nninoca

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9 Comments:

Blogger Leonor said...

Camões, esse grande poeta :))

Adoro o último terceto. Tem tudo a ver comigo.

10:00 a.m.  
Blogger Joana said...

Camoes

10:23 a.m.  
Blogger Mariana said...

Camões! Adoro, esses sonetos são eternos! Há em casa dos meus pais um livro deles que, uma época, andava comigo para todo o lado. É um livro velhiiiinho...

12:04 p.m.  
Blogger ana said...

A minha sensação de hoje é muito pouco camoniana: estou a modos que encavacada... *suspiro*

12:48 p.m.  
Blogger Joana said...

pensei que o camoes estava aqui por causa do espetaculo do Til

1:07 p.m.  
Blogger ana said...

Olha, por acaso não tinha pensado nisso. O espectáculo do Camões centra-se mais nos episódios dos Lusíadas, embora també haja para lá uns sonetos espalhados.

1:39 p.m.  
Blogger Nekynho said...

Mas esse não sei o quê acaba sempre por passar, mais tarde ou mais cedo :o)

3:20 p.m.  
Blogger Loca said...

"...Que dias há que na alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como, e dói não sei porquê."
e eu hoje estou assim, não sei quê, nem porquê...
bêjos
:))

3:59 a.m.  
Blogger ana said...

bruxinha, também em casa dos meus pais havia um livro com os sonetos de Camões que ficou gasto à força de tanto o ler. Fico muito contente por saber que não sou a única a achar que estes sonetos são eternos.

12:33 p.m.  

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