9 de Março - Citação do Dia
Busque Amor novas artes, novo engenho,
Para matar-me, e novas esquivanças;
Que não pode tirar-me as esperanças,
Que mal me tirará o que não tenho.
Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
Andando em bravo mar, perdido lenho.
Mas conquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê;
Que dias há que na alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como, e dói não sei porquê.
Luís de Camões
Espertalhotas: papalagui, joana, filipa&miguel, bruxinha, nninoca
Para matar-me, e novas esquivanças;
Que não pode tirar-me as esperanças,
Que mal me tirará o que não tenho.
Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
Andando em bravo mar, perdido lenho.
Mas conquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê;
Que dias há que na alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como, e dói não sei porquê.
Luís de Camões
Espertalhotas: papalagui, joana, filipa&miguel, bruxinha, nninoca
Etiquetas: luís vaz
9 Comments:
Camões, esse grande poeta :))
Adoro o último terceto. Tem tudo a ver comigo.
Camoes
Camões! Adoro, esses sonetos são eternos! Há em casa dos meus pais um livro deles que, uma época, andava comigo para todo o lado. É um livro velhiiiinho...
A minha sensação de hoje é muito pouco camoniana: estou a modos que encavacada... *suspiro*
pensei que o camoes estava aqui por causa do espetaculo do Til
Olha, por acaso não tinha pensado nisso. O espectáculo do Camões centra-se mais nos episódios dos Lusíadas, embora també haja para lá uns sonetos espalhados.
Mas esse não sei o quê acaba sempre por passar, mais tarde ou mais cedo :o)
"...Que dias há que na alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como, e dói não sei porquê."
e eu hoje estou assim, não sei quê, nem porquê...
bêjos
:))
bruxinha, também em casa dos meus pais havia um livro com os sonetos de Camões que ficou gasto à força de tanto o ler. Fico muito contente por saber que não sou a única a achar que estes sonetos são eternos.
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