11 de Fevereiro - Citação do Dia
Não sei. Falta-me um sentido, um tacto
Para a vida, para o amor, para a glória...
Para que serve qualquer história,
Ou qualquer facto?
Estou só, só como ninguém ainda esteve,
Oco dentro de mim, sem depois nem antes.
Parece que passam sem ver-me os instantes,
Mas passam sem que o seu passo seja leve.
Começo a ler, mas cansa-me o que inda não li.
Quero pensar, mas dói-me o que irei concluir.
O sonho pesa-me antes de o ter. Sentir
É tudo uma coisa como qualquer coisa que já vi.
Não ser nada, ser uma figura de romance,
Sem vida, sem morte material, uma ideia,
Qualquer coisa que nada tornasse útil ou feia,
Uma sombra num chão irreal, um sonho num transe.
Álvaro de Campos
Espertalhotes: papalagui, eduardo
Para a vida, para o amor, para a glória...
Para que serve qualquer história,
Ou qualquer facto?
Estou só, só como ninguém ainda esteve,
Oco dentro de mim, sem depois nem antes.
Parece que passam sem ver-me os instantes,
Mas passam sem que o seu passo seja leve.
Começo a ler, mas cansa-me o que inda não li.
Quero pensar, mas dói-me o que irei concluir.
O sonho pesa-me antes de o ter. Sentir
É tudo uma coisa como qualquer coisa que já vi.
Não ser nada, ser uma figura de romance,
Sem vida, sem morte material, uma ideia,
Qualquer coisa que nada tornasse útil ou feia,
Uma sombra num chão irreal, um sonho num transe.
Álvaro de Campos
Espertalhotes: papalagui, eduardo
Etiquetas: pessoanas
6 Comments:
Álvaro de Campos, parece-me...
E bom fim-de-semana :))
sim, é o engenheiro...
obrigado, Ana.
Para ti também, amiga! O meu ~está muito parecido com o poema que postei... :-(
Tenho saudades tuas, mulher!!!!!!!!
A vantegem do outro sítio é que sabia de ti mais vezes. Bjs grandes
Eu gosto muito de Fernando Pessoa porque me identifico com o que escreveu a maior parte das vezes :))
Oh, não tem nada que saber, estou sempre para aqui encalhada.
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