6 de Janeiro - Citação do Dia
Cantigas de portugueses
São como barcos no mar -
Vão de uma alma para outra
Com riscos de naufragar.
Fernando Pessoa, Quadras ao Gosto Popular
Espertalhotas: joana, bruxinha
São como barcos no mar -
Vão de uma alma para outra
Com riscos de naufragar.
Fernando Pessoa, Quadras ao Gosto Popular
Espertalhotas: joana, bruxinha
Etiquetas: pessoanas
31 Comments:
Não digas mal de ninguém,
Que é de ti que dizes mal.
Quando dizes mal de alguém
Tudo no mundo é igual.
Há verdades que se dizem
E outras que ninguém dirá.
Tenho uma coisa a dizer-te
Mas não sei onde ela está.
As quadras são como as cerejas,
Os palpites também não.
Rimem à vossa vontade,
Mas entrem na competição!
Canudo
sera Pedro Homem de Melo?
sera Fernando Pessoa?
estes sao os dois palpites
da joaninha voa-voa
Ana:
as chaves do meu coracao
estao guardadas num bau
esta fechado para muitos
esta aberto para tu
O meu pai é framacete
Passa a vida a fazer pírulas
Cando me zangue com ele
Vou à gaveta e tiro-las.
mandei fazer um relogio
das patas de um carangueijo
para cuntar os minutos
das hora que te nao veijo
Passei pela tua janela
Estavas a comer uma açorda
Mandaste-me c'os ossos acima
Ó Maria que mal é qu'eu te fiz
RAMALDEIRA
Ó gira o fado
lá p'rós lados da Alagoa.
Minha filha já namora
com um soldado de Lisboa.
Com um soldado de Lisboa.
Eu não quero furriel.
Não quero a minha filha
de sentinela ao quartel.
(pois e,eu cresci na freguesia de Ramalde-uma freguesia que ha 50 anos ainda era terra de quintas e campos)
Oh Lua que vais tao alta
redonda como um tamanco
oh Maria traz a escada
que eu nao chego la c'o banco
se nã entrê logue a competire
foi porque nã m'apeteceu
assim ainda vim cá rire
de ti, dele, dela e d'eu
num disse o autor
por questión... pessoal.
num kero ser bincedor
du "espertalhote mensal"
As ondas do mar se espraiam
Pela areia suavemente
Umas são amarelas
As outras principalmente
num disse o autor
por questión... pessoal.
num kero ser bincedor
du "espertalhote mensal"
Nem mensal nem semanal
Que não tens nomes na manga
Quem é que pensas qu'enganas
Ó espertalhote da tanga?
Tanta veia de poeta
Anda por aí a voar
É so palheta, palheta
E nada de adivinhar...
Ignorante me confesso
Não faço a menor ideia
Mas quem escolheu o verso
Devia era levar tareia... ;-)
Ó stora tenha tino
E o nariz não arrebite
Antes de falar dos outros
Bote lá o seu palpite
Nem mensal nem semanal
Que não tens nomes na manga
Quem é que pensas qu'enganas
Ó espertalhote da tanga?
mais uma breve mensagem
sossegadamente popular:
não perdi a carruagem!
mas hoje não vou palpitar...
Bem podia ser Pessoa
na patriota Mensagem
mas a Pessoa não soa...
De quem será a mensagem?
Ah ah ah ;-)
Devias era dar prémio
Prá quadra mais versejada
Que advinhar a citação
Está uma grande salganhada...
Antes que as orelhas me puxes
Deixa-me cá emendar
e escrever a preceito
a palavra adivinhar.
foste tu que deste o mote,
com uma rima tão ligeira.
queres que seja eu o espertalhote
e dizer que a rima é do Nogueira?
Eu, de cá do meu canto,
Espero a tempo chegar...
A mim cheira-me a Pessoa,
A ver se me calha acertar...
Era ele sim senhores,
O Nandinho do baú.
Papalagui desconfiada,
Porque hesitaste tu?
E eu aqui no meu canto
Muito me ri a ler
As quadras dos espertalhotes,
que foram de morrer!
venho aqui protestar
por uma razão muito boa
disse Nogueira mas estava a pensar
no Fernando António Nogueira Pessoa
é que a rima terminada em ligeira
não podia terminar à toa
só rimava com Nogueira
e nunca com Fernando Pessoa
tantas pistas no caminho,
tanto esforço que suámos
e no final, devagarinho,
de espertalhotes nos livrámos.
mas será prémio suficiente?
até porque é fim-de-semana...
onde está a cerveja quente,
ó senhora dona Ana?
venho aqui protestar
por uma razão muito boa
disse Nogueira mas estava a pensar
no Fernando António Nogueira Pessoa
neptumância, grande lata
não entres por essa porta.
pois quem não sabe dançar
Diz sempre que a sala é torta.
neptumância, grande lata
não entres por essa porta.
pois quem não sabe dançar
Diz sempre que a sala é torta.
que grande lata eu?
sinto-me dentro dum aquário,
olha que não fui eu quem escreveu
o primeiro comentário
"Não digas mal de ninguém,
Que é de ti que dizes mal.
Quando dizes mal de alguém
Tudo no mundo é igual."
Foi assim que comecei
mas esta rima não era minha.
Não se deve fazer, eu sei,
mas tinha alguma gracinha.
Gracinha tiveste muita
Até caí da cadeira
Pois pensei que o teu palpite
Era Fernando Nogueira
Subi a um eucalitro
com o teu poema na mão
desacalitrei-me lá de cima
bati cus cornos no chão
mas nem assim se fez luz!
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